A rosa-do-deserto é uma planta herbácea, suculenta, de aspecto escultural e floração exuberante. Seu caule é engrossado na base, uma adaptação para guardar água e nutrientes em locais áridos. Alcança de 1 a 3 metros de altura se deixada crescer livremente. Apresenta folhas dispostas em espiral e agrupadas nas pontas dos ramos. Elas são inteiras, coriáceas, simples, de forma elíptica a espatulada, verdes e com nervura central de cor creme. Raríssimas variedades apresentam variegações, com folhas creme, salpicadas de verde.
Em seu habitat natural é generalizada e variável. Ela ocorre em uma faixa larga em toda a África subsaariana, do Senegal ao Sudão e Quênia. Sua variabilidade na natureza é refletida por sua variabilidade no cultivo. Tem um período relativamente longo de florescimento no verão e continua em crescimento durante o inverno se mantido em ambiente coberto. É a espécie mais amplamente difundida em cultivo e é a mais usada para hibridação. As flores são de tamanho variável, mas podem chegar até 10 centímetros de diâmetro, dependendo dos tratos culturais. As margens das pétalas variam do rosa ao vermelho intenso, e desvanecem-se gradualmente ao branco perto do centro. Plantas jovens desenvolvidas a partir de sementes têm um caudex distintamente inchado (seedling) e, eventualmente, a planta desenvolve um tronco muito forte. É uma espécie altamente desejável. A variação de cores chega ao incrível número de 500.
- Nome Científico: Adenium obesum
- Nomes Populares: Rosa-do-deserto, Adenium, Lírio-impala
- Família: Apocynaceae
- Categoria: Cactos e Suculentas, Flores Perenes
- Clima: Continental, Equatorial, Mediterrâneo, Semi-árido, Subtropical, Tropical
- Origem: África, Oriente Médio
- Altura: 1.2 a 1.8 metros
- Luminosidade: Sol Pleno
- Ciclo de Vida: Perene
Florações podem ser obtidas em plantas jovens, com apenas 15 cm de altura. O florescimento geralmente ocorre na primavera, sendo que há possibilidade de sucessivas florações no verão e outono. As flores são tubulares, simples, com cinco pétalas e lembram outras da mesma família como Alamanda, Jasmim-manga e Espirradeira. As cores são variadas, indo do branco ao vinho escuro, passando por diferentes tons de rosa e vermelho. Muitas variedades apresentam mesclas e degradeés do centro em direção as pontas das pétalas. Há ainda variedades de flores dobradas.
A rosa-do-deserto é uma planta que desperta aficcionados em todo o mundo, da mesma forma que orquídeas, bromélias, cactos, suculentas, carnívoras e bonsais. Há colecionadores dedicados à esta fantástica espécie, que produzem plantas com caules excepcionalmente esculturais e florações magníficas. Essa espécie ainda permite enxertia (garfagem), o que é bastante interessante para se produzir uma mesma planta com flores de variedades diferentes. Plantas antigas, de variedades raras, e bem trabalhadas alcançam preços exorbitantes no mercado, assim como bonsais.
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Um dos segredos para deixar a base do caule interessante é levantar um pouco a planta, deixando a parte superior das raízes exposta a cada replantio, que deve ser realizado a cada 2 ou 3 anos. A planta enraizará normalmente. Para obter um aspecto engrossado e florações intensas, a utilização de um fertilizante de boa qualidade é fundamental. Ela não é muito exigente em nitrogênio, portanto uma fórmula específica de floração, que contenha mais fósforo é indicada. Jamais fertilizar uma planta sem antes irrigá-la, sob pena de queimar raízes e provocar queda das folhas.
Deve ser cultivada sob sol pleno ou meia-sombra, em solo perfeitamente drenável, neutro, arenoso, enriquecido com matéria orgânica e irrigado a intervalos esparsos e regulares. Não tolera o frio abaixo de 10ºC ou encharcamento. Apesar dessas exigências em drenagem não é bom deixá-la muito tempo sem regas. Em países de clima temperado e frio ela se torna semi-decídua e deve ser conduzida em estufas aquecidas no inverno. Ainda que tolere meia-sombra, florações abundantes só serão obtidas sob sol pleno. Podas de formação devem ser criteriosas para não formar deformidas não naturais e cicatrizes feias na planta, e luvas, pois sua seiva é altamente tóxica. Multiplica-se por SEMENTES e estacas, porém o caule (caudex) grosso só se origina de sementes.
Nutrição para Adenium
Cálcio
É um dos chamados macronutrientes secundários junto com o magnésio (Mg) e o enxofre (S). Os efeitos indiretos do cálcio são tão importantes quanto o seu papel como nutriente. O cálcio promove a redução da acidez do substrato, melhora o crescimento das raízes, aumento da atividade microbiana, aumento da disponibilidade de molibdênio (Mo) e de outros nutrientes. Reduzindo a acidez do substrato, diminui a toxidez do alumínio (Al), cobre (Cu) e manganês (Mn). Plantas que apresentam altos teores de cálcio resistem melhor a toxidez destes elementos. Os sintomas de deficiência de cálcio são morte da gema apical, clorose e necrose internervais nas folhas mais novas, sintomas de deficiências em Ca2+ são mais pronunciados nos tecidos jovens, já que praticamente inexiste o seu transporte no floema. Tecidos deformados e enrolados são encontrados em plantas deficientes. As vagens chochas e as folhas enroladas são sintomas de deficiência de cálcio.
Fósforo
Dos macronutrientes primários, o fósforo é absorvido em menores quantidades que os demais, entretanto sua presença no solo é indispensável para o crescimento e produção vegetal. Interfere nos processos de fotossíntese, respiração, armazenamento e transferência de energia, divisão celular, crescimento das células. Contribui para o crescimento prematuro das raízes e formação das sementes. Por interferir em vários processos vitais das plantas, deve haver um suprimento adequado de fósforo desde a germinação. O fósforo, na planta, apresenta uma grande mobilidade. As plantas quando jovens absorvem maiores quantidades de fósforo ocorrendo um crescimento rápido e intenso das raízes em substratos com níveis adequados do nutriente. A falta de fósforo ocasiona uma taxa de crescimento reduzida desde os primeiros estágios de desenvolvimento da planta. As folhas mais velhas adquirem coloração arroxeada, em razão do acúmulo do pigmento antocianina. Em estádios de desenvolvimento mais tardios, as folhas apresentam áreas roxo-amarronzadas que evoluem para necroses. Essas folhas caem prematuramente, e a planta retarda sua floração e frutificação. A absorção de fósforo pelo Adenium é afetada principalmente pela concentração de fósforo na solução do substrato. A acidez ou a alcalinidade do substrato, o tipo e a quantidade de matéria predominante, o teor de umidade, a compactação, o modo de aplicação dos fertilizantes e as temperaturas baixas na fase de emergência das plantas também afetam a absorção desse nutriente. A correção do substrato pode ser feita preventivamente com a aplicação de fertilizante fosfatado antes do plantio.
Potássio
É o nutriente mais extraído pelo Adenium. A deficiência de potássio torna lento o crescimento das plantas; as folhas novas afilam e as velhas apresentam amarelecimento das bordas, tornando-se amarronzadas e necrosadas. O amarelecimento geralmente progride das bordas para o centro das folhas. Ocasionalmente verifica-se o aparecimento de áreas alaranjadas e brilhantes. A falta de brilho e aveludamento nas flores, em muitos casos, é também devida à deficiência de potássio. O teor de potássio no solo, a taxa de lixiviação, a calagem excessiva ou a presença de altos teores de cálcio, magnésio e amônia no substrato afetam a disponibilidade de potássio para a planta. A correção pode ser feita com a adubação em cobertura de sulfato ou cloreto de potássio, seguida de irrigação.
Nitrogênio
A deficiência de nitrogênio leva ao amarelecimento e posteriormente à queda das folhas inferiores, as plantas ficam com folhas e flores pequenas e falta geral de robustez. Normalmente uma planta em baixos níveis de nitrogênio terá hastes nuas com tufos de folhas pequenas e rígidas nas extremidades. O excesso ocasiona um rápido crescimento da planta , ocasionando a produção de folhas grandes e ampliando os espaços de entrenós dos ramos. Níveis controlados de nitrogênio e fósforo devem ser utilizados para controlar o crescimento da planta. Baixos níveis contribuir para o crescimento demorado por isso o produtor deve decidir os níveis de nitrogênio para atender às suas necessidades. Eu utilizo a formulação química de fertilizante com 8 de nitrogênio, com isso a planta demora um pouco mais para crescer mas o seu ciclo de vida e bem maior. O nitrogênio pode ser utilizado em duas formas, amoníaco e nitrato. Utilizo na forma de nitrato N que favorece a um crescimento mais compacto da planta em comparação à amônia. As fontes orgânicas fornecem nitrogênio amoniacal.
Problemas nutricionais ocorrem devido a inúmeras razões além da falta real de um nutriente específico ou até mesmo da composição química da água utilizada para a irrigação. Compreender as necessidades de nutrição desta espécie de planta é a chave para a solução e prevenção de muitos outros problemas que ocorrem no cultivo do Adenium.
O Adenium se desenvolve melhor com uma quantidade moderada de nutrição suplementada com micros e macros nutrientes. Parte da razão do sucesso de uma boa nutrição da planta é a composição do meio de cultivo, assegurando capacidade de ligação química destes nutrientes (por exemplo, cobre). Outro fator importante é uma boa drenagem do meio de cultivo para garantir a lixiviação dos nutrientes aplicados.
Instrução para Germinação:
Método 1
1) Deixe as sementes de molho (em água) por 2 horas;
2) Prepare um recipiente (a seu gosto) com furos no fundo para drenagem.
3) Faça uma “Cama” com um Substrato leve e bem drenável;
***DICA: para esta fase use substrato para hortaliça.
4) Deite as sementes no substrato previamente umedecido, Molhar bem as sementes, cubra com uma fina camada de substrato e molhe novamente;
5) Cubra o recipiente com plástico filme para manter a umidade ( após a germinação tire o plastico filme);
6) Mantenha em local sombreado;
7) Sempre observe e mantenha o substrato úmido (Cuidado! não encharcar). Matenha o substrato úmido até germinar ( a germinação leva no máximo até 10 dias);
Método 2
1) Deixe as sementes de molho (em água) por 2 horas;
2) Umedeça um pedaço de algodão e coloque no fundo de um recipiente, por cima do algodão coloque um pedaço de papel toalha também umedicido;
3) Em seguida coloque as sementes e use um borrifador para umedecer levemente ( Cuidado! não encharcar);
4) Cubra o recipiente com plástico filme e coloque este recipiente em um local escuro (Observe todos os dias caso esteja seco umedeça);
***DICA :Para o ambiente escuro use uma caixa de papelão.
5) Após 3 dias retire, com cuidado, as sementes que começaram a brotar e coloque em um substrato;
***DICA: Use substrato para hortaliça.
6) Manter em local iluminado, porém na sombra;
7) Após 15 dias já pode deixar pegar o Sol da manhã.
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