A Dionaea muscipula (Venus Flytrap) é como chama-se a planta que primeiro começou a atrair a atenção dos Botânicos, o seu movimento rápido ao apanhar a presa é um fenômeno único no mundo vegetal. Muito embora Darwin demonstrasse que se tratava verdadeiramente de uma carnívora, o processo de assimilação só foi descoberto durante o século XX.
Em 1770, em Londres, o comerciante e botânico John Ellis publicou a primeira descrição de "uma nova planta sensível, chamada Dionaea muscipula: ou, de Vênus Papa-moscas A Bela e a Fera: Dionaea, referindo-se a deusa mítica do amor e da beleza (Vênus, filha de Dione), porque é uma pequena planta que dá flores; muscipula, do latim "ratoeira", porque suas folhas se fecham em cerca de meio segundo quando seu mecanismo de captura é ativado. Pequenos “dentes” que ficam nas bordas das folhas formam uma gaiola estreita para o inseto. A folha se fecha para prender sua presa e segrega um líquido que digere o inseto em aproximadamente dez dias. Em seguida, a folha cresce um pouco e abre, pronta para sua próxima vítima.
A descrição de Ellis teria chegado a terra natal da Dionaea, o litoral pantanoso da Carolina do Norte e Carolina do Sul, em 1771. Naturalmente, a planta já era conhecida por lá. Ela havia sido descrito há uma década atrás por Arthur Dobbs, governador da Carolina do Norte.
A característica mais visível é a folha em forma de mandíbula com 15 a 20 longos "dentes". A folha é verde se a meia-luz e vermelha com sol direto. O tamanho da folha varia de acordo com a intensidade luminosa.
As Dionaeas fazem parte das poucas plantas capazes de movimentar-se no reino vegetal, além desta temos outras como as Droseras e dormideiras ou sensitivas.
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Nome Científico: Dionaea muscipula
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Nomes Populares: Dionéia, Dionea, Vênus-caça-moscas, Vênus-papa-moscas
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Família: Droseraceae
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Categoria: Plantas Carnívoras
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Clima: Mediterrâneo, Subtropical, Temperado, Tropical
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Origem: América do Norte, Estados Unidos
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Altura: menos de 15 cm
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Luminosidade: Sol Pleno
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Ciclo de Vida: Perene
O mecanismo pelo qual a armadilha dispara envolve uma complexa interação entre elasticidade, turgidez e crescimento. Quando aberta, a armadilha é convexa, mas quando ativada, ela se torna côncava. É a rápida alternância desses estados que fecha a armadilha, embora a forma exata como isso ocorre ainda seja mal compreendida.
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Quando os pêlos de disparo localizados na parte interna das armadilhas são estimulados cerca de 3 vezes seguidas um impulso é gerado, que se propaga através da armadilha e estimula células dos lóbulos e do fulcro entre eles. O que esta estimulação faz ainda é objeto de especulação: células nas camadas externas dos lóbulos e do fulcro podem rapidamente secretar prótons em suas paredes celulares, afrouxando-as e permitindo que inchem rapidamente via osmose; ou então células na parede interna da armadilha podem secretar outros íons, permitindo que a água saia em seguida, fazendo tais células entrarem em colapso. Talvez algum, ambos ou nenhum desses mecanismos seja o responsável por fechar a armadilha. Alguns cientistas criaram hipóteses de que a Dionaea poderia ter vindo das Droseras.
Se a presa for incapaz de escapar, seus movimentos continuarão a estimular os pelos de disparo, o que fará com que a armadilha se feche com mais força, de maneira quase hermética, permitindo então que o processo de digestão comece (na ausência desse estímulo adicional, a armadilha se abre, possivelmente como forma da planta evitar o esforço de digerir uma pedra ou uma presa que escapou). A digestão é feita por enzimas secretadas por glândulas nos lóbulos, e dura aproximadamente 10 dias. Após esse período, a presa está reduzida a um exoesqueleto de quitina. A armadilha então se abre, pronta para ser reutilizada - embora raramente ela vá digerir mais de três insetos antes de ser inutilizada, ficando permanentemente aberta e ocupando-se apenas da fotossíntese e depois morre.
In Habitat:
As Dionaea muscipulas encontram-se em habitar natural nos pântanos da Carolina do Norte e do Sul, nos Estados Unidos.
O clima é subtropical e no inverno a planta entra em dormência parando seu ritmo de crescimento, quando chega à primavera a Dionaea volta a se desenvolver, o solo é muito úmido, mas não mergulhado em água. Solo muito pobre e ácido (PH 4-5). Com um aspecto vivace pode chegar a viver 20 Anos na natureza. A planta dispõe de rizomas que podem enterrar-se até 10 cm, permitindo resistir aos fogos, "renascendo" depois de eles passarem. Na parte superior do rizoma formam-se 4 a 8 folhas em roseta, que são constantemente renovadas quando uma delas morre.
De pequena estatura e de crescimento lento, a Dionaea tolera bem o fogo, e depende de queimadas periódicas para eliminar seus concorrentes.
Cultivo da espécie:
Cultivo: A Dionaea muscipula é uma planta de cultivo relativamente simples, tolera temperaturas altas durante as estações quentes desde de que tenha muita água. Quando a planta estiver lançando sua haste floral a não ser que pretenda obter sementes, deve cortar imediatamente o caule que origina as flores (aste floral), pois isso gasta muita energia da planta e isso poderá faze-la ressentir-se. Não é raro ver a planta morrer após o amadurecimento das sementes.
Durante o inverno a planta deve entrar em dormência, que se não acontecer, a planta perderá muita energia e diminuirá muito o seu tempo de vida, quem mora em regiões quentes deve por a planta em um saquinho com o substrato úmido e não encharcado na gaveta de vegetais da geladeira para simular um inverno, é importante observar se não há desenvolvimento de fungos na planta, mas sem mexer muito nela, mesmo que a planta possa aguentar temperaturas negativas (-5 ou mesmo -7) na natureza, em vasos ela é muito mais sensível. Melhor não expor a planta ao gelo.
Clima: Subtropical. Prefere temperaturas de 20ºC a 35ºC no verão e de 0 ºC a 15ºC no inverno.
Luz: Quando exposta ao sol direto apresenta armadilhas de interior avermelhado, quando a meia luz apresenta armadilhas verdes.
Regas: O recomendado é utilizar água destilada no cultivo, na ausência da mesma pode-se utilizar água da chuva ou água da torneira descansada por 48 horas. Mantenha o pratinho com água sobre o vaso o ano todo, exceto no inverno onde a planta deve ficar com o solo úmido por causa da dormência, nesse período pode deixar a água secar antes de regar de novo.
Vasos: Podem ser usados vasos plásticos nº1 ou de barro.
Substrato: Sphagnum turfa / fibra de coco.
Alimentação: Capturam insetos menores que suas armadilhas, é importante para os iniciantes saber que elas não comem dedos de ninguém, nem carne, cada armadilha funciona de 3 a 5 vezes, depois disso morre ou não funciona mais. Mais uma razão além do gasto de energia que a planta sofre para não ficar cutucando armadilhas!
Propagação: Pode ser feita através de sementes, para isso é geralmente necessário que ocorra polinização. As sementes quando não são frescas precisam de estratificação a frio para que ocorra a germinação. Atravez da divisão de rizoma e leaf-cutting pode-se obter clones. A ainda quem utilize a aste floral para cultura de novos clores, esta tecnica ja é reconhecida a nivel internacional.
Instrução Semeadura:
Para obter germinação destas sementes basta coloca-las na superficie do solo úmido sem as enterrar e esperar algumas semanas considera-se a temperatura ideal para germinação entre 20 C e 25 C , com humidade elevada. A rega deve ser feita pelo método do prato com água por baixo do vaso.
1. Após preparar e umedecer bem o substrato( musgo Sphagnum turfa) , encha um vaso com a mistura até 1cm do topo. Alise levemente a superfície do substrato, sem pressionar para não compactá-lo.
2.Em seguida, distribua as sementes na superfície do substrato, sem enterrá-las. Usando um pulverizador, umedeça levemente as sementes e o substrato.
3. Ponha um pouco de água no fundo de um saco de plástico( de preferência saco tipo Ziplock) e coloque o vaso com as sementes dentro. Você precisa da água, porque a mistura do substrato ainda não foi totalmente saturada. Volte mais tarde para se certificar de que há um pouco de água no fundo para ter certeza que você colocou o suficiente. Em vez de sacos de plástico que você pode usar um aquário velho com filme plástico na parte superior, uma caixa de armazenamento de plástico, ou qualquer outra coisa conveniente.
4. Coloque os potes com as sementes debaixo de luzes fluorescentes. Agora você esperar e esperar e esperar. Verifique as sementes a cada semana. Se não quiser usar lâmpadas, pode colocar em um local que pegue bastante iluminação durante o dia. Não coloque sob a luz solar direta ou muito perto das luzes pois o calor em excesso pode 'cozinhar' as sementes. Uma temperatura de 20C° a 25°C é o ideal. De vez em quando, pulverize levemente a superfície para incentivar a brotação.
5. Depois que as sementes germinam o invólucro de plástico deve ser removido. Coloque os vasos em um terrário com alguma circulação de ar. Existem 3 requisitos para um local ideal para a suas plantas: Deve ser um lugar que bata sol; Que tenha umidade; Que não tenha muito vento. Um lugar que costuma ter estas 3 coisas em todas as casas é na parte de dentro de uma janela.